Para que todos possam entender mais facilmente sobre o assunto tratado neste blog farei uma pequena introdução sobre os Operadores Especiais.
O termo Operações Especiais vem do conceito ULTIMA RATIO, que em latim significa última razão ou última resposta quando as situações são extremas e os riscos elevados.
Origens.
Desde os primórdios líderes ou chefes de qualquer organização utilizam grupos treinados para realização de missões de natureza especial. É possível citar passagens que comprovam esse fato, mais especificamente em operações de natureza militar.
Em “A Ilíada” de Homero temos a história do cavalo de tróia, ocorrida por volta de 1200 a.C., onde um pequeno grupo de soldados gregos conseguem dentro de um cavalo de madeira penetrar e tomar Tróia.
Por volta de 400 a.C. os Espartanos realizavam ações de comandos contra seus inimigos, tendo homens infiltrados causando muita destruição.
Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) existiram também pequenos grupos que, por meio de infiltrações junto ás linhas inimigas, causaram prejuízos desproporcionais ao seu tamanho.
Porém, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que o termo “comandos” passou a ser mais utilizado para denominar grupos especiais, tendo origem na II Guerra dos Boêres. Do lado do Eixo podemos citar o grupo de pára-quedistas alemães que utilizavam de técnicas de guerrilha assim como a Waffen-SS. Já do lado Aliado os ingleses criaram tropas especiais de assalto com objetivo de lutar dentro do território inimigo, realizando sabotagens, emboscadas e cortando comunicação ou suprimentos. O mais famoso, e em atividade até os dias de hoje, é o SAS (Special Air Service).
Após o sucesso na Segunda Guerra Mundial surgiram outros grupos especiais, tais como a Delta Force (USA), Navy SEALs (USA), Forças Especiais do Exército Brasileiro, GRUMEC (Brasil), GROM (Polônia), Specnaz (Rússia), entre outros.
Tendo inspiração nos grupos militares, no final dos anos 60 surgiram os primeiros grupos especiais de natureza policial em virtude da necessidade de combater ameaças causadas por veteranos de guerra, portadores de algum desequilíbrio emocional que, por vezes e sem razão aparente, efetuavam disparos contra civis ou policiais utilizando armamento de grande poder ofensivo. Um dos primeiros grupos criados foi a SWAT (Special Weapons and Tactics) nos Estados Unidos, mas podemos ainda citar outros grupos policiais de operações especiais espalhados pelo mundo como o COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) no Brasil, o GSG9 (Grenzschutzgruppe9) na Alemanha, o GIGN (Groupe d’Intervention de La Gendarmerie Nationale) na França, o GEO (Grupo Especial de Operaciones) na Espanha, etc...
Conceitos.
Os grupos de operações especiais trabalham sob o conceito de que um pequeno número de homens altamente treinados e com armamento diversificado é capaz de enfrentar, com sucesso, grupos bem maiores tendo as chamada superioridade relativa.
A superioridade relativa é aplicada quando utilizamos de princípios como surpresa, simplicidade, sigilo, repetição, segurança, mobilidade rapidez, comprometimento e voluntariado.
A surpresa trata da importância da ação acontecer em momento inesperado para o inimigo, pegando-o desprevenido e causando desequilíbrio, fazendo com que toda estrutura, biológica ou física, entre em colapso.
A simplicidade consiste na elaboração de um plano claro, simples e de fácil execução, abrangendo um número limitado de objetivos e, necessariamente, tendo o conhecimento de todo o grupo.
O sigilo é fundamental para o êxito da missão, está ligado diretamente ao fator surpresa.
A repetição relaciona-se com a fase de preparação, toda a ação planejada deverá ser treinada até que todos os integrantes a realizem automaticamente.
A segurança deve ser levada em conta desde o planejamento até a execução final, qualquer vazamento de informação poderá comprometer a segurança de toda operação e de seus integrantes.
A mobilidade é uma grande vantagem de um grupo reduzido, esse pode ser facilmente transportado, com certa descrição e os itinerários podem sofrer alterações sem maiores dificuldades.
A rapidez está ligada ao sucesso da missão, quanto mais rapidamente o confronto for resolvido menor é o risco da quebra de superioridade relativa. Porém, não devemos confundir rapidez com velocidade, velocidade é basicamente o espaço percorrido em determinado espaço de tempo e rapidez implica na velocidade ideal para que sejam alcançados os objetivos de surpresa dentro dos padrões de técnica e segurança.
Outra grande vantagem de pequenos grupos é a independência. Em grupos de operações Especiais, devido o seu treinamento e natureza das missões, podem trabalhar de forma independente, facilitando a tomada de decisões e execução das ações.
Por fim, e talvez os mais importantes dos fundamentos são o comprometimento e o voluntariado, já que os integrantes de um grupo de operações especiais precisam se comprometer com seus pares e com a missão, devem estar consciente de como será executada a ação e seus objetivos e assim, adentrando um grupo apenas sobre livre voluntariado, a partir do momento que um membro é obrigado a ingressar em um grupo ou nele ser obrigado a permanecer o voluntariado se perde e assim, o desempenho e o comprometimento também.
Mandamentos dos Operadores Especiais.
1- Agressividade controlada;
2- Controle emocional;
3- Disciplina consciente;
4- Espírito de corpo;
5- Flexibilidade;
6- Honestidade;
7- Iniciativa;
8- Lealdade;
9- Liderança;
10- Perseverança;
11- Versatilidade.
Vc não citou os mais preparados do Brasil, os Comandos Afíbios
ResponderExcluirPara de ser embusteiro naval.
ResponderExcluirNão existe melhor nem pior, todos são bons dentro de suas funções. Temos que parar de achar que tal tropa é melhor do que aquela outra... Todos são importantes, devemos lembra que lutamos todos pelo Brasil.
com certeza esqueceu de citar o BOPE-GATE grupos que enfrentam o combate real das ruas brasileiras,e que estão presentes em todas as corporações do policiais do Brasil e também os BATALHÕES DE CHOQUE.
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